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Itaércio Rocha nasceu na ilha de Pedras, no Maranhão. O apelido, “ita”, significa pedra em tupi-guarani. E foi com uma pedra – na bexiga – que ele descobriu sua vocação: o carnaval. Da varanda do hospital onde foi internado, aos dez anos, Itaércio assistiu de camarote a uma exibição do Tambor de crioula, dança praticada por descendentes de escravos nas festas populares maranhenses. “Prometi a mim mesmo que, se eu saísse de lá, brincaria carnaval para sempre”, conta, com os olhos marejados.

A pedra foi retirada da bexiga e a promessa, cumprida à risca: Itaércio tornou-se músico, bonequeiro, carnavalesco de mão cheia. Depois de participar de folias em Olinda, São Luís e Rio de Janeiro, o multi-artista veio parar em Curitiba nos anos 90 para morar com o companheiro Odilio Malheiros. Logo que chegou, ouviu dizer que a festa era “fraquinha” por estas bandas: “O que faltava era a preparação, o pré-carnaval”, lembra. “A festa nunca acontece, assim, da noite para o dia”.

Aquela constatação foi a semente do bloco Garibaldis e Sacis, criado por Itaércio e um grupo de amigos em 1998. O bloco tornou-se o mais popular da cidade, e chegou a reunir 90 mil foliões no Largo da Ordem.

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Foto: Pedro B.

GARIBALDIS E SACIS

No começo, cerca de 50 pessoas faziam o trajeto, a maioria amigos e conhecidos dos fundadores do bloco. As marchinhas de carnaval e depois as composições que foram sendo feitas pelos integrantes eram cantadas no gogó, depois com megafone, até chegar em 2010, quando o Bloco começou a reunir mais de 5 mil pessoas no Largo.

Ali, o bloco já estava inserido no calendário da cidade, informalmente. A cada final de semana, um tema, como: Invertidos, Super Heróis, Garibaldis e Sacis vai à praia, etc..

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FONTE: BRASIL DE FATO

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